MINI BIO 

 

Meu nome é Laura, eu assino meu trabalho como Lau Guimarães , sou roteirista, artista urbana e autora do projeto microrroteiros da cidade - pequenos poemas que descrevem cenas e personagens inspirados no cotidiano e que são inseridos em locais públicos no formato de lambe-lambes, murais em stencil, projeções, entre outros suportes.

 

Um convite para que as pessoas saiam, mesmo que por alguns instantes, do modo automático cotidiano para imaginar uma história de repente, no meio do caminho.

 

Nesses 15 anos, além levar meu trabalho pras ruas, também participei de intervenções artísticas e exposições coletivas e individuais - Microrroteiros da Cidade na Praça das Artes, Para Falar de Amor, Xilograffiti, São Paulo Invisível, Empena de edifício para o Projeto Tarsila Inspira, em colab com Simone Siss, Mural da Escuta, na Praça do Relógio da USP, entre outras - em instituições como Museu da Língua Portuguesa, Museu da Cidade, Praça das Artes, Caixa Cultural, diferentes unidades do Sesc, entre outros. 

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Há alguns anos, meus microrroteiros tem sido incorporados em livros didáticos do Ensino Fundamental como referência de literatura e arte urbana, e prática de exercícios pelos alunos. 

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MICRORROTEIROS DA CIDADE

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Os micros nasceram de uma brincadeira de exercício de roteiro que eu inventei, em 2009. Depois de um fim de semana de trabalho, em Campos do Jordão – SP, descendo a serra, num domingo à tarde, debaixo de muita chuva. Aquelas chuvas brancas, de tanta chuva e tanto frio. E quando olhei pela janela do carro, vi um homem colhendo flores tranquilamente na beira da estrada. 

 

Chegando em casa eu escrevi:

 

num domingo à tarde debaixo de muita chuva um homem colhe flores na beira da estrada. Começo, meio ou final de um roteiro?

 

Foi quando eu percebi que aquela cena em si já era uma história completa. Esses pequenos instantes do dia-a-dia que compõem a nossa vida e que estão à nossa volta. 

 

E me propus o exercício de observar e tentar descrever essas pequenas cenas.

 

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ARTE DE RUA

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No ano seguinte, 2010, incomodada com a lei cidade limpa, que estava apagando os graffitis da cidade, e com o fato de grande parte da população levar mais de 2 horas pra chegar no trabalho e mais de 2 horas pra voltar (na época não existiam esses aplicativos todos no celular. E com isso não quero dizer que as coisas melhoraram), decidi levar os microrroteiros pras ruas de São Paulo, no formato de lambe-lambes coloridos, como um convite para que as pessoas pudessem imaginar essas histórias. 

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Em 2012, além da minha observação e imaginação, também passei a contar com histórias contadas por outras pessoas, para este fim - me inspirar - em intervenções artísticas diretamente com o público.

 

Esse exercício de Escuta se tornou parte fundamental do conjunto da minha obra. Não somente como inspiração, mas  como parte de algumas exposições, como quando crio murais com microrroteiros e os áudios das pessoas contando as histórias que os inspiraram.

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ESCUTAR AS MULHERES

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Em 2014, fui convidada a escrever microrroteiros a partir da escuta de diferentes mulheres. 

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E o que começou como mais um trabalho de convidar as pessoas a me contarem histórias, meio que mudou minha vida ♡  

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Sigo trabalhando com diversos temas, mas quando posso escolher, o que levo a público são as histórias das mulheres mesmo. É o que mais faz sentido pra mim. Microrroteiros inspirados em Mulheres Reais e outros que escrevi a partir dos meus estudos sobre o que é a força do feminino.

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Convidar as pessoas a escutar mulheres. 

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E, nos últimos anos, principalmente, também convidar as pessoas a falar bem de mulheres. 

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Cada história linda que eu já conheci, cada mulherão que eu já conversei. 

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